segunda-feira, 13 de setembro de 2010

ESPORTE, LAZER E BRINCADEIRA

Seja natação, vôlei, caratê ou basquete,
a atividade física deve ser escolhida
pela criança e deve ser prazerosa

      Criança tem energia de sobra. Precisa correr, pular, jogar bola, nadar. De brincadeira ou com hora marcada e professor. Já diz a velha máxima, atividade física faz bem para o corpo e para a mente. "É fundamental para o desenvolvimento físico e para a socialização da criança. O esporte dá sensação de liberdade e ensina a respeitar o outro", diz o pediatra Elivaldo Almeida.

      Criança sedentária é até contrasenso, mas nos tempos modernos de inglês, informática, reforço, apartamento e videogame, não é tão difícil encontrá-las ociosas, cheias de energia acumulada. Para tentar vencer o marasmo colégio-casa e acabar com a moleza do computador, muitos pais estão colocando os filhos em aulas de vôlei, caratê e balé - só para citar alguns exemplos -, cada vez mais cedo.

      "Desde que seja um exercício moderado, não há problema. Tem que ser lazer e não competição. É preciso respeitar a capacidade óssea e muscular da criança", alerta Elivaldo. Entre tantas modalidades, como escolher a melhor? Regra básica: cuidado para não transferir seu desejo para a criança e esquecer de levar em conta a personalidade e os gostos dela sob o risco de afastá-la de vez dos esportes.
Motivação
      "Até o que o pediatra recomenda é relativo. O ideal é que satisfaça fisicamente e psicologicamente a criança. Se ela não estiver motivada, não faz bem feito", avisa o educador físico Thelmo Maia Gomes. O pai deve sugerir e apresentar o máximo de esportes que puder ao filho. Vale uma pesquisa. "Existe esporte pra todo mundo, pra todo biotipo físico, é interessante que o pai conheça as atividades para poder encaixar o filho. Não fique restrito ao que vê na TV", aconselha a educadora física Carla Ribeiro.

      Depois de escolher, chega a hora de experimentar. Acompanhe as primeiras aulas, converse com o professor e incentive. Se a criança não se identificar com o esporte, não insista além da conta. Ela pode acabar desistindo de tentar outra modalidade. Cieda Leal assistia a primeira aula de vôlei da filha Georgia, 10, na semana passada. "Ela fez natação e parou. Tentou o balé, mas não gostou do ambiente rígido. Agora pediu pra vir pro vôlei. Uma amiga do prédio faz e ela se animou. Deixo ela experimentar até encontrar o que quer".

      O educador físico é peça-chave no envolvimento dos alunos. É ele quem cativa, ou não, a turma. Com crianças pequenas é preciso sensibilidade e criatividade. Elas se distraem com facilidade. "Você tem dois sistemas fundamentais: o cardiovascular e o muscular e esquelético, o ideal é unir tudo isso numa coisa gostosa. Como se faz isso é o bom profissional que diz", defende Thelmo.
 




FONTE: http://www.educacaofisica.com.br/noticias_mostrar.asp?id=3089